Intolerância política
**Os textos aqui publicados são de total responsabilidade de seus autores, e não refletem a opinião do jornal O Alto Uruguai
quarta, 13 de julho de 2022

A campanha eleitoral de 2022 nem iniciou, pelo menos, oficialmente, já que ainda não ocorreram as convenções partidárias que irão escolher os candidatos para disputar a eleição e já começaram cenas de violência política, inicialmente com ameaças e no último fim de semana, o lamentável e criminoso episódio que causou a morte de um homem na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.
É preciso que toda a sociedade brasileira e especialmente os dois principais candidatos ao cargo de presidente da República, Lula e Bolsonaro façam discursos fortes combatendo a violência e a intolerância política, isso, para serem evitados tantos outros episódios como aquele que ocorreu no fim de semana. Nesse fim de semana foi um partidário do Lula que perdeu a vida por ato de intolerância política, e no próximo, se continuar como estão os ânimos dos partidários, quem será a próxima vítimas.
Para quem vem observando o cenário nacional nos últimos tempos com parcimônia e não é fanático, a morte que aconteceu tem tudo para acontecer muitas outras vezes, por se tratar de algo perfeitamente previsível. Nada tem sido feito para combater a intolerância política, ao contrário, o que se vê são fanáticos incentivando todo o tipo de ataque e violência especialmente pelas redes sociais que se tornaram um mundo sem lei, onde a violência é disseminada de forma absurda.
As pessoas precisam olhar e viver o momento político como mais uma eleição que acontece no país, nada mais que isso. Afinal, que diferença fará para os brasileiros uma vitória do Lula ou do Bolsonaro? Na minha humilde forma de ver e entender a conjuntura política, nenhuma diferença fará. Os combustíveis continuarão com os preços exorbitantes, os alimentos caros, o emprego difícil, os negócios com dificuldades porque o poder aquisitivo diminui. Isso tudo não é privilégio do Brasil, tão pouco o presidente pode fazer algum milagre.
Então, o que precisamos fazer, todos nós pessoas de bem é incentivar o respeito a diferença de pensar e de ser, entender que as pessoas pensam diferente, possuem suas convicções, que acertam e que erram, e todas são assim. Politicamente, temos nossas convicções, os outros tem as suas convicções, por isso é preciso ser tolerante como o outro para que ele seja conosco também.
Em política não existe o certo e o errado. A história nos mostrou muitos exemplos disso. A eleição passa, o país continua, nós todos continuamos e precisamos nos ajudar e nos respeitar, não é a política que deve separar as pessoas, ser causa de ódio e de intolerância, levando humanos a morte. Qual a vantagem disso? Um para o cemitério, outro para o presidio. Esse o resultado da intolerância política. Sofrem as famílias e os amigos, a sociedade fica com as cicatrizes de um sofrimento desnecessário. Então, o caminho é respeitar a diferença e dizer não a intolerância política enquanto ainda é cedo.
 

Fonte: