Estamos comemorando os festejos da Semana Farroupilha, momento não só de fazer aquele churrasco ou aquele tradicional costelão, mas de reflexão, afinal, que Rio Grande que queremos? Para viver e conviver, cuidar da nossa família? Uma pergunta simples e bem básica, mas de grande importância, pelo menos para aquele cidadão de bem, que deseja um mundo melhor para sua família e para seu semelhante. O sentimento de orgulho presente historicamente na vida do cidadão gaúcho parece a cada dia ser menor, embora a cultura gaúcha seja forte, possuir uma vasta história de lutas e de glórias, a sensação é de que o autêntico gaúcho a cada dia se desapega fortemente de quase tudo o que realmente sua história forjou e representa, a brava história do povo riograndense, se perde por eventos modernistas que em nada representam a verdadeira saga gauderia.
Hoje, muitos adultos e também as crianças não conhecem o Hino do Rio Grande, nem sabem cantar e os poucos que sabem, na realidade não conhecem, nem tão pouco têm ideia do riquíssimo conteúdo presente na bela letra desse maravilhoso hino, e a prova disso é ver a pouco tempo alguns vereadores da capital gaúcha, sugerindo mudanças na letra, por achar inadequada. Ora, isso não tem a mínima lógica, pois um povo que não tem história não tem respeito, não tem memória e nem futuro, é a mesma coisa que desrespeitar ou desmoralizar o seu pai, o cara te ajuda, apoia e quando você consegue evoluir um pouco na vida, simplesmente você o renega. 
Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo... Essa frase é nobre, antiga, mas reflete a realidade da nossa sociedade no momento, estamos falando em valorizar nossas tradições, nossas raízes, não porque somos antiquados, mas porquê umas das maiores virtudes do ser humano é saber de onde vem e para onde quer ir,  e nesse percurso respeitar e se orientar pelos bons costumes e dos bons exemplos é um dos princípios básicos para que um cidadão evolua, para que uma sociedade conheça e pratique o bom senso entre as pessoas, evoluindo os espaços, cultivando a harmonia, respeitando e o valor do ser, não o preço do ter.        
Que neste 20 de setembro, o espírito aguerrido e forte do verdadeiro gauchismo, tome conta de todos os cantos desse Rio Grande e sensibilize as pessoas para que possamos praticar a valorização da família, dos valores e princípios da boa convivência, do respeito, da verdadeira democracia, não daquela que só vale pra mim, mas sim para todos os cidadãos de bem.
Parabéns a todos os gaúchos desse imenso pago chamado Brasil. Que Deus ilumine a todos...