Bem-me-quer ou malmequer?
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segunda, 31 de maio de 2021

Estamos entrando na metade do ano, o que nos faz refletir a quantas andam nossa conjuntura pessoal e profissional, a rever novas metas ou a manter as já existentes. Partindo do princípio de Galileu “eppur si muove”, que tudo se move no Universo aliado à dinamicidade com que a sociedade está se desenvolvendo, as mudanças quase sempre são inevitáveis. Aliás, a pandemia nos obrigou a mudar muita coisa e a nos reinventar em outras tantas. Claro que mudanças compulsórias costumam nos desagradar de início. Normal, afinal não se mudam rotinas do dia para a noite, mas tudo se torna mais fácil quando entra em cena a assertividade, ajudando a driblar nossos ranços e medos. Freud já dizia “quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”. É inegável que a atitude de mudar não é tarefa fácil, mas é fato, que se toma gosto pelas mudanças depois de vivenciá-las por algumas vezes, mesmo que não tendo atingido o pleno êxito idealizado. A mudança deve ser encarada como uma oportunidade de fazer as coisas de outro modo e requer, na maioria das vezes, foco, disciplina e coragem para não cairmos na tentação de nos distrairmos no percurso. Osho, em sua obra “Coragem, o prazer de viver perigosamente”, fala que ser corajoso significa viver com o coração, sendo que os fracos vivem com a cabeça, receosos e baseados na lógica. A necessidade de mudança é percebida quando não nos entusiasmamos mais com nosso trabalho, quando nosso visual passa a nos desagradar frente ao espelho, quando não nos sentimos mais confortáveis ao chegar no “lar doce lar”, quando sentimos volte meia, vontade de sair do local onde residimos ou quando nossos relacionamentos pedem mais tempo de ausência do que saudades. Daí, provavelmente chegou o momento de questionar coisas enraizadas que já não servem mais e se permitir novos olhares sob a égide da política do desapego.

Mudanças merecem reflexão já que não são fruto do acaso ou de jogos de concordância de “Bem-me-quer ou malmequer” (pois é, aqui até o hífen nos coloca à prova...). A seguir, algumas dicas para auxiliar na reflexão em períodos de mudança.

- Respeite o seu momento vigente e não mimetize o que a sociedade dita como ideal, fugindo de modismos pré-concebidos de como as coisas devem ser.

- Deixe de procrastinar e passe a planejar as mudanças necessárias.

- Pare de reclamar e tenha atitude em ativar ações que amenizem ou eliminem sua situação de desconforto.

- Seja resiliente e tente enxergar os pontos positivos de uma mudança.

- Não desista ao primeiro obstáculo e persevere nos objetivos traçados.

- Faça da mudança, uma bênção, e não um castigo, mesmo que em um primeiro momento as coisas pareçam piores do que outrora, pois o velho ditado já dizia que “a males que vêm para o bem”.

- Não se deixe dissuadir por ideias alheias a não ser que comungue com as mesmas.

- Não espere soar o alarme de incêndio para então resolver se mexer! Seja estratégico e fuja da zona de conforto e da política do “melhor deixar como está”.

Bons Ventos! Namastê.

 

 

 

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