Bola da vez: biografia de Roberto "Pato" Moure
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segunda, 16 de agosto de 2021

O percurso que nos leva à inspiração é cheio de meandros e volte e meia busca em nosso inventário pessoal subsídios que nos levem a transpirar nossas emoções. A inspiração é fundamental em tudo que fizemos, mas em se tratando de quem escreve, diria que é fundamental. Muito já se falou sobre a importância da inspiração e da “transpiração” literária, bem como, o processo criativo e a competência textual. Contudo, apesar de ser indicado certo talento com as palavras, precisão técnica e uma pitada de febris sentenças poéticas, tudo isso não é suficiente para sustentar um texto se não houver uma interseção entre o escrito e o mundo que vivemos e retratamos. O autor precisa se ver e às vezes estar nas histórias que conta, assim como retratar cenários, onde também as pessoas se enxerguem. Pois, o território do pensamento jamais deve ficar estéril de paixão e razão, uma vez que essa díade é o que movimenta a literatura. Moacyr Scliar comentava que “escrever é basicamente contar histórias” e que os melhores livros de ficção que leu, eram os que tinham uma história para contar, ou seja, não precisamos inventar a roda a cada texto, basta sermos humanos e sabermos costurar os retalhos da vida. Também, é preciso se despir e se revelar, principalmente quando optamos em seguir um estilo a La Lispector, em alusão ao estilo reflexivo da escritora Clarice Lispector. Existe uma escolha inicial para quem escreve: escrever coisas que sejam modismo para virar celebridade ou se dedicar a redigir uma peça viva dotada de alma? E nesse inventário de inspirações, nós que escrevemos, vamos tecendo nossas percepções sobre a vida e nos sentindo instigados a revelar o que de melhor pensamos ter. Assim, mais do que escrever, se deixar publicar é dar a cara à tapa e a cumplicidade que existe com o leitor nos faz velhos conhecidos. Costumeiramente, busco no meu inventário coisas sobre sentimentos, assunto que vivemos uma vida inteira e morremos sem entender.  Contudo, o desafio que agora se apresenta, é escrever a biografia do jornalista e radialista Roberto "Pato" Moure, que ficou conhecido nos anos 80, como o assessor e conselheiro que acompanhou o jogador Falcão em sua estadia em Roma. Foram 30 anos dedicados à imprensa italiana, tendo trabalhado em diversos veículos de comunicação como a RAI, a RET 4 e a Itália 1. Em 1983, ficou famoso ao interpretar a música "RomaGol", após o título da Roma no campeonato nacional. O reconhecimento da torcida da Roma, fez de "Pato" Moure um ídolo, celebrado e muito festejado por toda Itália por conta de suas visitas ao país. Estabelecido no Brasil desde 2009, voltou a trabalhar com radiojornalismo em 2013, como comentarista esportivo na Rádio Grenal. Com previsão de lançamento em 2023, a obra será recheada de muitas curiosidades sobre sua vida pessoal, depoimentos de famosos, seus affairs com celebridades e, é claro, sua trajetória ímpar como jornalista em terras italianas. 
Bons Ventos! Namastê.
 

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