A liberdade vigiada para crianças e adolescentes no uso da internet
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quinta, 17 de abril de 2025

A cada dia que passa, novos relatos se tornam públicos sobre fatos graves registrados pelo uso da internet que envolvem crianças e adolescentes, situação que tem levantado muitos questionamentos, debates e também ações judiciais pelas consequências das situações que vem ocorrendo nesse mundo virtual.

As redes sociais proporcionam para as pessoas, nelas incluindo o público de crianças e adolescentes, entretenimento, criação de comunidades, mobilização em grupos para causas sociais, promovem a educação em seus distintos níveis, facilidade de conexão entre pessoas dos mais diversos locais do mundo, acesso a informações e notícias, oportunidades profissionais, promoção de produtos e serviços, viabiliza facilidades de relações que se estabelecem, entre outros. Contudo é um mundo sem controle. Um espaço propicio para os mais diversos tipos de crimes cibernéticos.

Se a internet e as suas redes sociais viabilizam mutas possibilidades de progresso econômico e pessoal, o que é uma realidade, por outro lado, traz também consigo os perigos de um ambiente em que a facilidade das relações propicia contatos com o desconhecido, com o estranho onde está o criminoso que se esconde.

Quando se discute o acesso de crianças e adolescentes a internet muitas questões ganham relevância, sejam elas no aspecto positivo, sejam elas no aspecto negativo. A questão de destaque aqui é o aspecto negativo, os riscos, os perigos, os crimes cibernéticos e a exposição de um público que necessita de proteção por parte do Estado, da família e da sociedade como um todo.

O uso excessivo das redes sociais pode causar problemas para os adultos e para o público jovem, é o que os estudos evidenciam. Dentre os problemas, destaca-se o da saúde mental, gerador de ansiedade, depressão, baixa autoestima, solidão, da dificuldade de relacionamento com outras pessoas entre outros, de exposição da intimidade e a conteúdos inadequados, de riscos ao cyberbullying que é a intimidação, o enfurecer, envergonhar ou assédio por meio das redes sociais.

As crianças e adolescentes são um público propicio para os mais diversos tipos de crimes. Aliás, os adultos a todo o momento são vítimas dos mais diversos golpes, crimes, pelas redes sociais, então o que esperar do público jovem, com a personalidade em formação, a exposição e o risco são ainda maiores.

Não existe uma fórmula pronta, uma receita adequada para combater os perigos e os crimes disseminados na internet. Entretanto, os especialistas já entenderam que algumas medidas são necessárias para amenizar o problema. O isolamento de crianças e adolescentes, fechados em quartos e salas, sem supervisão e controle é um risco. O perigo não está mais só na rua, o perigo está em casa. O contato com o desconhecido onde esta o criminoso é real e constante.

É por isso que a liberdade para as crianças e adolescentes deve ser uma liberdade vigiada, controlada pelos pais e responsáveis. Não se trata de invasão da privacidade, se trata de cuidado, de zelo com quem se quer bem, com quem se é responsável, até porque, existe responsabilidade criminal, inclusive para os pais e responsáveis em caso de omissão que permite exposição das crianças e adolescentes a crimes pelo uso não protegido da internet.

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