Ao todo, 109 novos empregos foram criados na região nos três primeiros meses do ano, conforme o levantamento divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Dos 22 municípios da área de abrangência do jornal O Alto Uruguai, apenas sete cidades tiveram saldo negativo.
Se somados janeiro, fevereiro e março, foram gerados mais de 3,1 mil empregos, enquanto foram registradas 3.044 demissões na região do AU. No entanto, o economista Adriano Reis ressalta que o Caged consiste ao sistema de acompanhamento da geração de empregos formais, considerados os de carteira assinada. Por isso, algumas observações são necessárias, já que o desligamento pode ocorrer em virtude da migração para outras funções, impactando as admissões.
Frederico Westphalen foi o que mais gerou empregos. Apesar de registrar saldo negativo em janeiro, o município se manteve positivo em fevereiro e março. “O saldo final é praticamente igual, entre admissões e demissões no trimestre. A variação negativa em janeiro se dá um pouco pelo período de férias e muitas pessoas deixam, de forma questionável, seus postos de trabalho. A variação positiva de fevereiro se dá um pouco pelo retorno dessas pessoas em busca de seus empregos e renda, além das vagas de verão no comércio”, ressalta o secretário de Indústria, Comércio e Turismo de FW, Alessandro Molossi.
Destaque para Planalto
Um dos municípios que contabilizou saldo positivos nos três primeiros meses foi Planalto. De acordo com o prefeito Cristiano Gnoatto, isso só foi possível em função do trabalho realizado em prol da geração de empregos. “Estamos otimistas quanto aos dados do Caged, pois tivemos um saldo positivo na geração de emprego. No ano de 2020, o nosso saldo de emprego admitido foi de 4, já em 2021 foram mais de 153 empregos e, agora, nestes três primeiros meses já estamos novamente positivos”, destaca o prefeito.
Segundo o secretário da Fazenda, Gustavo Zilio Potrich, com o fim das restrições sanitárias e com quase 90% da população vacinada, a comunidade, principalmente do interior, ficou mais confiante e passou a consumir mais. Como o comércio é o setor de maior consumo por parte dessas pessoas, mais colaboradores foram contratados para suprir essa demanda. “Acreditamos que com o passar do tempo, as perspectivas do nosso município só tendem a melhorar, pois estamos tralhando para desburocratizar a vida do contribuinte, tanto para a pessoa física como jurídica. Estamos modificando algumas leis que estão desatualizadas e criando algumas leis de incentivo ao desenvolvimento do município para garantir uma maior segurança jurídica, para que novas empresas possam se instalar em Planalto”, afirma Potrich.
No Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul teve uma variação negativa se comparada ao mesmo período do ano passado, tento em vista que em janeiro, fevereiro e março deste ano o saldo foi de 56.337 e, em 2021, de 56.337. Apesar do desempenho ser inferior, o Estado manteve saldo positivo.
– Pelos dados apresentados, as admissões estão em elevação desde o primeiro mês do ano, representando crescimento de cerca 28% no período de janeiro a março. Por outro lado, os desligamentos apresentam acréscimo de aproximadamente 27%. O saldo de maior impacto ocorreu no mês de fevereiro, mais de 25 mil vagas. A tabela também informa desaceleração nas admissões na comparação entre março e fevereiro (0,7393%), bem como aceleração nos desligamentos no mesmo período (9,70%) – afirma Reis.
