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Operação Aliança Criminosa
MP cumpre mandados de busca e apreensão em FW e municípios da região
Ação foi desencadeada para combater crimes como fraudes em licitação e lavagem de dinheiro
Por: Suseli Cristo
Publicado em: quinta, 27 de maio de 2021 às 08:41h
Atualizado em: quinta, 27 de maio de 2021 às 08:58h

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, desencadeou a Operação Aliança Criminosa em sete cidades gaúchas nesta quinta-feira, 27. Uma ex-servidora pública da Prefeitura de Dona Francisca, o dono e o gerente de duas empresas de Frederico Westphalen foram presos por fraudes em licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato-desvio e elevação arbitrária de valores. Por medida cautelar, as empresas estão proibidas de firmar contrato com a administração pública. Além das prisões, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais em Dona Francisca, Frederico Westphalen, Erval Seco, Caiçara, Pontão, Santa Cruz do Sul e Rio Pardo, inclusive na prefeitura desta última por fatos cometidos na gestão anterior.

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Os trabalhos foram coordenados pelo promotor de Justiça Mauro Lucio da Cunha Rockenbach, diretor da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre. A operação contou com apoio dos promotores Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, coordenador do Gaeco – Núcleo Segurança Alimentar, João Afonso Silva Beltrame, coordenador do Gaeco – Núcleo Saúde, Christine Mendes Ribeiro Grehs e Rui Prediger, ambos da Promotoria de Justiça de Rio Pardo, da Delegacia de Polícia Regional de Santa Maria, Receita Estadual e Brigada Militar.
Rockenbach explica que as duas empresas alvos da ofensiva integram um cartel com outros 19 estabelecimentos. Todos são investigados por combinarem ofertas para burlar processos licitatórios. Conforme a investigação, as duas empresas participaram de ao menos 180 concorrências em 50 municípios no Estado desde 2018. Há provas de que em nove dessas cidades, as duas e suas parceiras venceram disputas que juntas somaram mais de R$ 1,7 milhão. Atualmente, há 62 licitações abertas em que ao menos uma das duas participa. “Tínhamos a necessidade de estancar essa sangria. Nosso objetivo é fazer com que parem com os crimes, afinal, são ao menos 180 licitações que elas participaram, sendo que 62 estão em andamento. E nem estamos contabilizando as dispensas de licitação, que não temos como quantificar. Agora, com essas empresas paralisadas, temos condições de avançar e requisitar documentação desses 50 municípios e nos debruçarmos para analisá-la”, pontua o promotor Mauro Rockenbach.
A ex-servidora da Prefeitura de Dona Francisca foi presa por facilitar as fraudes e direcionar as licitações para estas duas empresas e para uma terceira, criada por uma ex-secretária municipal afastada do cargo em operação realizada pelo MP em 16 de outubro de 2019. “A secretária e essa organização criminosa, que se instalou na Prefeitura de Dona Francisca, colocaram a servidora lá para continuar as fraudes após as medidas de afastamentos”, conta Rockenbach. Em Rio Pardo, o MP cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na prefeitura, em duas secretarias municipais e em uma residência para apurar eventuais fraudes.
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Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações do Ministério Público do RS
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