A ausência de chuvas na região trouxe severas consequências em diversos setores. As perdas nas lavouras têm sido atualizadas constantemente e os números ilustram o sofrimento dos produtores rurais, um dos setores mais atingidos. O levantamento mais recente feito pela Emater/RS-Ascar indica que a região perdeu mais da metade da produção prevista para a safra atual.
Nos 42 municípios de abrangência do escritório regional da Emater, de Frederico Westphalen, cujo os 22 de cobertura do AU estão inseridos, a safra 2021/2022 do milho foi a mais atingida. Enquanto a estimativa inicial para o produto era uma produção de 8.412 quilos por hectare plantado, a mais recente indica apenas 3.179 quilos – uma variação de -62,21%.
O número é superior à quebra do Estado como um todo, que tem a estimava atual de produtividade de 3.428 kg/ha, com um decréscimo de 53% da projetada inicialmente. No Rio Grande do Sul, a colheita tem evoluído lentamente, alcançando 68% do total no último dia 17 de março.
A soja também teve sua produção extremamente afetada na região. Enquanto os levantamentos iniciais da Emater projetavam 3.517 kg/ha plantado, a estimava mais recente prevê apenas 1.424 quilos – uma diferença de 59,5%. De acordo com o Informativo Conjuntural mais recente da Emater, cerca de 7% dos cultivos foram colhidos, mas com má qualidade dos grãos.
Já o milho silagem acumula um déficit de 58,7% em relação à estimativa inicial de produção. Dos 34.787 kg/ha esperados no início da safra, apenas 14.357 são esperados nesse momento. Já as lavouras a partir do fim de dezembro, porém, apresentam grande potencial produtivo, entrando na fase inicial de enchimento de grãos, de acordo com o informativo da Emater.
