Publicidade
Verão
Especialista dá dicas para evitar aparição de pragas urbanas em casa
Altas temperaturas durante verão propiciam aparecimento de mosquitos, roedores, aranhas e escorpiões
Por: Douglas Cavalini
Publicado em: segunda, 10 de janeiro de 2022 às 08:35h
Atualizado em: segunda, 10 de janeiro de 2022 às 08:50h

Com a chegada do verão, o número de ocorrência das chamadas pragas urbanas aumenta consideravelmente. Assim, sem os cuidados necessários, animais como mosquitos, roedores, aranhas e escorpiões podem aparecer aos redores e até mesmo dentro das residências. Isso pode gerar grandes problemas, inclusive de saúde, já que eles podem trazer consigo doenças.

Publicidade


O especialista em controle de pragas urbanas, mestre em ciências e professor do campus de Frederico Westphalen da URI, Ricardo Giovenardi, dá dicas de como evitar o aparecimento desses animais, o que fazer ao notar o aparecimento de pragas e os cuidados necessários em casos de picadas de animais peçonhentos.

Os 4As
Giovenardi explica que as pragas urbanas surgem quando quatro quesitos são encontrados. “Esses animais entram nas casas quando encontram um ambiente propício, os quais são denominados de ‘4 As’, que são água, alimento, acesso e abrigo. Eles possuem alta capacidade de adaptação e gostam de áreas modificadas pelo ser humano, como cidades em pleno desenvolvimento”, caracteriza o professor. Apesar da frequência do aparecimento ser maior durante o verão, isso não é uma exclusividade da estação. “O verão é uma estação do ano caracterizada por altas temperaturas e umidade, o que é ideal para o surgimento de pragas. Mas as modificações climáticas têm permitido que esses roedores e artrópodes (mosquitos, aranhas e escorpiões) fiquem ativos durante o ano todo”, garante.

Cuidados com higiene e armazenamento de resíduos 
Manusear e descartar corretamente o lixo das residências pode ser uma das medidas mais efetivas para o controle de pragas. “É importante vedar os sacos de lixo, impedindo o acúmulo de água e sujeira”, salienta Giovenardi. Evitar o acúmulo de entulhos, materiais de construção e madeiras também reduz as chances do aparecimento. Também é fundamental manter uma possível infestação sobre controle. “No caso das baratas, elas consistem no principal alimento dos escorpiões, por isso é necessário esse controle”, cita. Medidas como manter as tampas dos ralos da residência na posição fechada e vedar soleiras das portas, muros, paredes e pisos também são bastante efetivas.

Riscos à saúde
Para o professor, o primeiro passo ao notar a presença desses animais em casa, em especial aranhas e escorpiões, é retirá-lo de perto de pessoas, principalmente crianças e idosos – grupo mais suscetível a acidentes com graves complicações de saúde. “Se for seguro, é possível capturar o animal vivo e entregá-lo para um profissional que possa identifica-lo e utilizá-lo de alguma forma. Caso não haja garantia de segurança, o recomendável é que ele seja morto, evitando o risco de algum acidente”, recomenda.

Dê olho nos escorpiões
Giovenardi explica que os escorpiões, como os demais aracnídeos, são animais que gostam de ambientes propícios “4As”. “Em algumas áreas de nosso município, estes ambientes são mais propícios para estes aracnídeos do que outros, o que é natural de qualquer cidade em desenvolvimento”, cita. Segundo ele, existem cerca de 1,6 mil espécies de escorpiões no mundo, sendo que cerca de 160 estão em território nacional. Os escorpiões que causam os acidentes mais graves pertencem ao gênero Tityus, como o escorpião amarelo. É a espécie que causa acidentes mais graves, principalmente em crianças e idosos. “Devemos tomar cuidado, pois algumas espécies deste gênero existem em nossa cidade”, alerta o professor.  


Em caso de acidente, o especialista recomenda que o local da picada seja bem lavado com água e sabão. “Deve-se dirigir imediatamente para o hospital o mais rápido possível. Se tiver possibilidade de fotografar o animal para identificação, é muito importante, mas o atendimento médico o mais rápido possível é a principal orientação”, reforça.


O Rio Grande do Sul possui o Centro de Informação Toxicológica que dispões de um telefone 24 horas para orientações e esclarecimento de dúvidas sobre o assunto. Basta ligar para o número 0800 721 3000. 


Para a eliminação completa e segura das pragas, Giovenardi recomenda a procura de profissionais certificados e especialistas. “O conhecimento do comportamento e biologia dos animais é muito importante, pois a utilização de produtos químicos de forma errada pode aumentar o problema e trazer graves consequências à saúde dos moradores e à natureza”, adverte
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
Vitrine do AU