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Economia
Percentual de famílias com dívidas chega a 72,9%
Dado é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
Por: Joana Kraemer
Publicado em: quarta, 25 de agosto de 2021 às 13:29h
Atualizado em: quarta, 25 de agosto de 2021 às 13:33h

O percentual de famílias brasileiras com dívidas continuou em alta no mês de agosto e atingiu 72,9%, sendo o novo recorde mensal. O dado faz parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira, 25, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).  
Os pesquisadores explicam que endividamento é diferente de inadimplência, que se configura quando as dívidas estão em atraso. No mês de agosto, um em cada quatro brasileiros, totalizando 25,6%, não estava conseguindo quitar as dívidas no prazo, percentual que se mantém estável em relação a julho e é 1,1% menor que em agosto de 2020. Além do número de famílias endividadas, também está aumentando o percentual de famílias com mais de 50% da renda mensal comprometida com suas dívidas. Essa proporção chegou a 21,1% do total de famílias endividadas em agosto.
Na análise da CNC, a alta contratação de dívidas é motivada, principalmente, por fatores como a precariedade do mercado de trabalho formal e a inflação elevada. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, explica que muitos brasileiros têm recorrido à informalidade e obtido crédito para investir em pequenas atividades que possam recompor sua renda e garantir seu sustento.
– Mas há uma necessidade grande de planejamento do orçamento familiar para que esse alívio não vire um problema ainda maior do que o que se tinha inicialmente, uma bola de neve – alerta.
A CNC destaca que o crédito mais acessível, com taxas de juros relativamente baixas, contribuiu para um maior endividamento no primeiro semestre de 2021, quando a concessão média de crédito aos consumidores atingiu 19,2%, a maior desde o início de 2013. Apesar disso, a alta da inflação e o consequente aumento da taxa básica de juros (Selic) já tem sido precificado pelo mercado, o que resulta em juros mais altos.

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Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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