O menino, ao passar diante da padaria, não aguentou o perfume gostoso do pão e falou: “Pai, tô com fome!”.
O pai, sem ter um centavo no bolso, caminhando desde muito cedo em procura de trabalho, olha com lágrimas nos olhos do filho e pede mais um pouco de paciência.
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu estou com muita fome!
Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, pede para o filho aguardar no calçadão, enquanto ele entra na padaria à frente.
Ao entrar, dirige-se ao balcão onde está o dono do local e fala:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas seis anos ali fora, com muita fome, não tenho nenhum dinheiro, sai cedo para buscar emprego e não encontro até agora. Eu lhe peço, pelo amor de Deus, me consiga um pãozinho para que eu consiga matar a fome desse menino, em troca posso varrer o piso de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar.
O dono da padaria, estranha aquele homem, de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho, e pede, então, para que ele chame o filho.
O pai pega o filho pela mão e apresenta-o ao dono da padaria, que, imediatamente, pede que os dois sentem-se juntos e manda servir dois pratos de comida, o famoso PF (prato feito) – arroz, feijão, bife e ovo.
Para o filho, era um sonho comer aquela comida gostosa após tantas horas de fome. Para o pai, uma dor a mais, já que comer aquela comida gostosa fazia-o lembrar da esposa e mais três filhos que ficaram em casa com apenas um punhado de fubá. Grossas lágrimas descem de seus olhos na primeira garfada...
O dono da padaria se aproxima e brinca dizendo: “A comida deve estar ruim. Olha, meu amigo está até chorando de tristeza...”.
Após o almoço, o dono da padaria oferece um emprego ao novo amigo para “serviços gerais” em seu estabelecimento. E oferece-lhe uma cesta básica com alimentos para uns quinze dias. Aí está um exemplo prático e concreto de amor.
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