A busca por alternativas energéticas seguras, eficientes e sustentáveis tem ganhado força no cenário nacional e foi tema do podcast O Alto Uruguai no espaço Conexão Expofred Agro, exibido no dia 1º. Com o título "Enfrentando o regramento: novas soluções para geração de energia solar", o episódio contou com a participação do engenheiro eletricista Marcos Roberto Bruxel, diretor da Marsol Energia, e do diretor técnico Fernando Stertz, da Izzy Energy. A mediação ficou por conta da jornalista Margarete Ludwig.
Com patrocínio da Amzop, Famurs, Sindicatos Rurais de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, Cooper A1, Dismáquinas e Autêntica Cortinas e Decorações, o podcast abordou os impactos das novas regras de taxação da energia solar no país, além de apresentar soluções tecnológicas que reforçam a viabilidade do investimento, como os sistemas híbridos e o uso de baterias de lítio.
Inovação que acompanha a transição energética
Segundo os convidados, o sistema híbrido de energia solar tem se mostrado uma alternativa moderna e versátil frente às demandas atuais de consumo. Diferente do inversor tradicional, que apenas gera e injeta energia na rede, o híbrido permite o armazenamento em baterias e o gerenciamento inteligente do consumo, inclusive em horários de pico.
– Você pode programar para carregar a bateria à noite, quando a energia é mais barata, e utilizá-la durante o dia, nos horários em que o custo é maior – explicou Bruxel. Além da economia, o sistema híbrido garante segurança energética em situações críticas, como em hospitais, supermercados e indústrias.
Baterias mais acessíveis e sustentáveis
Os engenheiros destacaram também a evolução no uso das baterias. Se antes o custo era elevado e a vida útil restrita, hoje já se fala em baterias de segunda vida, como as reaproveitadas de veículos elétricos, que podem ser utilizadas em residências ou pequenas empresas. "As baterias de lítio são mais inteligentes, com controle preciso da carga e possibilidade de manutenção, diferente das de chumbo. E com o tempo, os custos vêm caindo", afirmou Stertz.
Novas regras, novas dúvidas
O episódio também esclareceu dúvidas comuns sobre a taxação da energia solar, que entrou em vigor com o novo marco legal. Segundo os especialistas, ao contrário do que muitos pensam, a nova cobrança não torna o sistema inviável. “Quem tem energia solar não está sendo penalizado. A taxação incide sobre o uso da rede, algo justo, já que a concessionária continua mantendo essa estrutura”, disse Bruxel. O impacto na conta de luz é proporcional ao consumo: quanto menor o uso da rede, menor o valor pago em taxas.
Retorno garantido — e em menos tempo
A viabilidade econômica da energia solar também foi reforçada. O tempo de retorno sobre o investimento, que há cerca de 10 anos era de oito a nove anos, hoje pode ser de apenas três a cinco anos, dependendo do projeto. Além disso, muitos consumidores têm substituído painéis antigos por modelos mais eficientes, aproveitando a estrutura já existente. "O sistema se paga, e passa a gerar lucro. É uma empresa trabalhando para você no telhado da sua casa", comparou Stertz.
Tendência para investidores
O crescimento de usinas solares em áreas urbanas e rurais também foi abordado como tendência de negócio. A simplicidade na instalação e o baixo impacto ambiental têm atraído investidores que enxergam na energia limpa uma fonte segura de renda a longo prazo. “A solar virou alternativa até para quem busca retorno financeiro, não só economia doméstica. É limpa, segura e cada vez mais acessível”, afirmou Bruxel.
Ao final do bate-papo, ficou clara a mensagem central que, apesar das mudanças legais, a energia solar segue sendo um dos investimentos mais promissores — seja pela sustentabilidade, economia ou autonomia energética.